Depois de uma jornada de quase cinco anos, a sonda Juno, da Nasa, está cada vez mais próxima de Júpiter - com o objetivo de justamente aprender mais sobre como foi formado o maior planeta de nosso Sistema Solar.
Para conseguir fazer com que a sonda entre na órbita do planeta, os cientistas da Nasa planejam uma manobra delicada: reduziram a potência dos motores de Juno para que a sonda possa ser puxada para a órbita.
Cada hora que passa é determinante para o sucesso da missão, mas o momento crítico será a partir os 35 minutos que começam às 3h18 (GMT) desta terça-feira (0h18 de Brasília).
Será nesse momento que a Juno precisará executar uma manobra de frenagem perfeita para entrar em órbita, o que deverá deixar os nervos à flor da pele de todos os que estão no centro de controle de missão no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), na Califórnia.
Se a execução ocorrer com perfeição, a sonda passará os próximos 18 meses analisando o que ocorre abaixo das espessas nuvens de Júpiter.
Mas se a Juno não conseguir fazer a manobra, pode ser o fim da missão de US$ 1,1 bilhão lançada ao espaço em 5 de agosto de 2011.
Para piorar a ansiedade entre os controladores da missão, durante o tempo da manobra de frenagem Juno não terá sua antena principal apontada para a Terra. Isso quer dizer que a equipe da missão só poderá seguir os eventos por intermédio de uma série de sons simples que serão enviados pelas antenas menores da sonda.
E é bom lembrar que Júpiter é uma esfera gasosa que já foi descrita por especialistas como "um monstro que gira a tal velocidade que faz com que sua gravidade lance pedras gigantes, cometas e raios cósmicos para fora".
Segredos de Júpiter
Se tudo der certo para a sonda, Juno deverá orbitar Júpiter para tentar descobrir do que o planeta gigante é feito e como ele foi formado.
A missão visa descobrir se há um núcleo sólido ou se os gases simplesmente se comprimem em um estado mais denso no centro do planeta.
A missão também deve fazer novas descobertas sobre a Grande Mancha Vermelha - a tempestade colossal que já dura centenas de anos no planeta. Juno deverá esclarecer qual a profundidade desta tempestade.
O principal pesquisador do projeto é Scott Bolton, do Instituto de Pesquisas do Sudoeste, no Estado americano do Texas. Ele afirma que mal pode esperar para começar as análises, mas também está cauteloso quanto a um voo tão próximo do maior planeta do Sistema Solar.
"Tudo a respeito de Júpiter é extremo; é (como se fosse) um planeta que tomou esteroides", disse o cientista à BBC. "Tem a radiação mais forte de qualquer ambiente planetário de todo o Sistema Solar; tem o campo magnético mais forte; está girando incrivelmente rápido. Temos que lidar com esse ambiente. e a espaçonave é literalmente um tanque blindado".
Fonte: Uol
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