Projeto de Lei Aprovada Prevê Importação de até R$ 50mil em Equipamentos para Fotógrafos e Cinegrafistas

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou na manhã de hoje (11 de dezembro), em caráter terminativo, o projeto de Lei 2.111/2011, de autoria do DEPUTADO FEDERAL RODRIGO MAIA (DEM/RJ), que isenta de impostos e contribuições a importação de equipamentos e materiais para uso exclusivo desses profissionais.
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A lei prevê que cada profissional pode importar até 50 mil reais em equipamentos, a cada dois anos, com isenção do Imposto de Importação (II), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público, da Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços (PIS/PASEP-importação), da Contribuição para os Programas de Integração Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (Confins-importação).
Para ter direto à isenção, o profissional deve comprovar exercício profissional mediante apresentação da Carteira de Trabalho da Previdência Social (CTPS) regularmente assinada,  de trabalho ou, ainda, se servidor público, certidão expedida pelo Departamento de Pessoal do órgão ao qual é vinculado. Já o prestador de serviço autônomo ou prestador de serviço Pessoa Jurídica, respectivamente, deve apresentar inscrição no INSS e recolhimento da contribuição previdenciária ou do contrato social da empresa e recolhimento da contribuição previdenciária.
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O ex-presidente da ARFOC-Brasil, Paulo Dias, informou que o texto final e a aprovação nas comissões resultaram de uma forte articulação da entidade com as ARFOCs Rio, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Brasília. Segundo ele, a aprovação do projeto “é a maior conquista dos jornalistas de imagem nos últimos 20 anos”.
- Vamos ter acesso a equipamentos modernos, 100% mais baratos – comemorou. Durante todo tempo, nos empenhamos para que a lei atendesse a todos os profissionais que trabalham com imagem e não somente os jornalistas, como queria o sindicato carioca.
Segue o PROJETO DE LEI N° 2.114/2011 na íntegra
AUTORIA DO DEPUTADO FEDERAL RODRIGO MAIA (DEM-RJ)
Dispõe sobre a isenção de impostos e contribuições na importação de equipamentos e materiais para uso exclusivo das profissões de fotógrafo, repórter fotográfico e cinematográfico, cinegrafista e operador de câmera.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder isenção do Imposto de Importação
(II), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público, na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços (PIS/PASEP-importação), da Contribuição para os Programas de Integração Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (Confins-importação), na importação de equipamentos e materiais para uso exclusivo no exercício das atividades de fotógrafo, repórter fotográfico e cinematográfico, cinegrafista e operador de câmera.
§ 1º As isenções previstas no caput deste artigo somente serão concedidas na importação de equipamentos e materiais que não possuam similar nacional.
§ 2º A aquisição dos equipamentos de que trata o caput, em conjunto ou isoladamente,
obedecerá ao limite de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), ficando o beneficiário pela
isenção obrigado a permanecer de posse do equipamento adquirido pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.
§ 3º Em caso de acidente, extravio, perda, furto ou roubo, equipamento idêntico poderá ser adquirido com o benefício previsto no caput nos termos e condições estipulados em ato do Poder Executivo.
Art. 2º Os equipamentos e materiais fotográficos e cinegráficos a que esta Lei se refere são aqueles classificados sob os códigos 90.02, 90.06, 90.07, 90.10 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
Art. 3º Sem prejuízo de outras exigências previstas em regulamento, os beneficiários da
isenção de que trata esta Lei deverão atender aos seguintes requisitos:
I – comprovação do exercício das atividades previstas no caput do art. 1º por meio de
Carteira de Trabalho da Previdência Social (CTPS) regularmente assinada, contrato de
trabalho ou, ainda, se servidor público, mediante certidão expedida pelo Departamento de Pessoal do órgão ao qual é vinculado ou, em caso de prestador de serviço autônomo ou prestador de serviço Pessoa Jurídica, apresentação, respectivamente, da inscrição no INSS e recolhimento da contribuição previdenciária, ou do contrato social da empresa e
recolhimento da contribuição previdenciária;
II – Certidão Conjunta de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, expedida pela Receita Federal do Brasil;
III – Atestado de inexistência de produção nacional (não similaridade);
IV – Declaração à Receita Federal do Brasil de que destinará o equipamento
exclusivamente ao uso próprio e no exercício das atividades de que trata o caput do art.
Art. 4° O não atendimento aos requisitos estabelecidos nesta Lei implicará ao responsável o pagamento dos impostos acrescidos de juros de mora e atualizados na forma da legislação tributária.
Art. 5º O Poder Executivo, em cumprimento ao disposto no inciso II do art. 5º e nos
artigos 14 e 17 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, estimará o montante de renúncia da receita decorrente do disposto nesta Lei, incluindo-o no demonstrativo a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição Federal, o qual acompanhará o projeto de lei orçamentária.
Parágrafo único. A isenção de que trata esta Lei somente produzirá efeitos a partir do
primeiro dia do exercício financeiro imediatamente posterior àquele em que for implantado o disposto neste artigo.
Art. 6º O benefício de que trata esta Lei vigorará pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar da publicação desta Lei.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Mas calma lá pessoal, isso quer dizer que a lei ainda está em vigor, e sim que foi aprovada para um novo processo. Esse projeto está rodando desde 2011, portanto já aprovado em mais uma fase, vamos continuar torcendo para que isso se torne uma lei.
E mesmo que fosse aprovado, sabe como é o Brasil, leva-se tempo até tudo girar conforme a lei.
Fonte: DSLR Brasil
Texto: Rodrigo Kashima
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