Com mais de 600 mortos, buscas na Região Serrana entram no 6º dia

Número de mortos chega a 672, segundo as prefeituras.
Polícia Civil informou que foi encontrado um corpo na cidade de Bom Jardim.

 

O número de mortos na Região Serrana do RJ já chega a 672, segundo os números oficiais das prefeituras das cidades devastadas pelas chuvas. Pelos últimos levantamentos dos municípios, são 318 mortos em Nova Friburgo, 274 em Teresópolis, 58 em Petrópolis, 20 em Sumidouro e 2 em São José do Vale do Rio Preto.
Em Teresópolis, a prefeitura informou que o número na Central de Cadastro de Desaparecidos pulou de 36 para 177. Em Petrópolis, há 26 desaparecidos, segundo a prefeitura. Em Sumidouro, há outros cinco. Já em Nova Friburgo, a prefeitura informou que não há levantamento sobre desaparecidos.
As ruas arborizadas e calmas do vilarejo se transformaram em corredores de lama e barro.Ruas de Riograndina, em Nova Friburgo, se transformaram em corredores de lama. (Foto: Celso Pupo/G1)
Já a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil informaque são 665 mortos no estado, sendo 312 em Nova Friburgo, 276 em Teresópolis, 58 em Petrópolis (número inclui as duas mortes de moradores de São José do Vale do Rio Preto) e 19 em Sumidouro. O número de desabrigados e desalojados chega a 13.830, segundo o governo do estado.
Segundo a Polícia Civil, 661 corpos já foram identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 275 em Teresópolis, 306 em Nova Friburgo, 56 em Petrópolis, 19 em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim. Com o corpo encontrado em Bom Jardim, passam a ser 6 cidades com registros de mortos na Região Serrana, segundo a polícia. O G1 não conseguiu entrar em contato com a prefeitura de Bom Jardim. 
As buscas por outras vítimas que ainda estejam soterradas e o trabalho de resgate da população que ainda se encontra em áreas isoladas na Região Serrana do Rio entra em seu 6º dia, principalmente nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

A previsão do tempo para o longo do dia é de pancadas de chuva e trovoadas, em toda a Região Serrana.

Diversas rodovias que cortam a Região Serrana ainda estão interditadas. Já a prestação de serviços básicos, como o fornecimento de luz e água, continua sendo gradativamente restabelecida nas cidades atingidas.

Reforço de 700 militares

A Região Serrana recebeu o reforço de 700 militares de SP, MG e RS. De acordo com o Comando Militar do Leste (CML), são militares especializados na construção de pontes móveis.
Nesta segunda-feira, soldados do Batalhão Escola de Engenharia, de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, instalarão uma ponte em Teresópolis. Além de Teresópolis, partes dos municípios de Bom Jardim e São José do Vale do Rio Preto também estão isoladas depois que diversas pontes foram destruídas pelo temporal.
Tendas como as usadas após tsunami abrigarão vítimas das chuvas. Elas serão doadas por uma ONG, que trabalha em parceria com o Rotary Internacional. Cada barraca tem capacidade para dez pessoas e possui equipamentos de sobrevivência, cozinha separada, fogareiro, panelas, talheres, pratos,  cobertor, purificador e armazenador de água.
Ajuda para desabrigados
O MEC anunciou bolsa de R$ 350 para estudantes da Região Serrana. Segundo o ministério, para receber a bolsa o estudante precisa ter sido selecionado para cursos universitários do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), ou para obtenção de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni).
O governador Sérgio Cabral disse nesta segunda-feira que sugeriu ao governo federal que 100% das moradias do programa "Minha Casa, Minha Vida", na Região Serrana , sejam destinadas às famílias que moram em áreas de risco.
Maior tragédia da história
Esta já é a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram. Relembre outras tragédias.



PROXIMA
ANTERIOR
Clique aqui para comentar

0 comentários: