14/11/2011 12h29 - Atualizado em 14/11/2011 14h45
Dono de carro destruído por blindado no Vidigal chorou, dizem vizinhos
Proprietário saiu para trabalhar e deixou carro na rua.
Governo diz que assumirá responsabilidade se for provada culpa do Estado.
(Carro ficou destruído após blindado passar no Vidigal (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Vizinhos do proprietário de um carro preto destruído parcialmente pela passagem de um blindado no Vidigal, na Zona Sul do Rio, disseram que o dono chorou ao ver o veículo.
Segundo Dalia Rodrigues, o dono do carro se chama Calixto e é morador desde criança da comunidade. “O primeiro emprego dele foi aos 15 anos, no McDonald's. Ele é um menino trabalhador, passa o dia inteiro fora. Tudo o que ganha vai para a família”, disse Dalia.
Segundo Dalia Rodrigues, o dono do carro se chama Calixto e é morador desde criança da comunidade. “O primeiro emprego dele foi aos 15 anos, no McDonald's. Ele é um menino trabalhador, passa o dia inteiro fora. Tudo o que ganha vai para a família”, disse Dalia.
Vizinhos dizem que veículo era 'o xodó' do dono
(Foto: Tahiane Stochero/G1)
(Foto: Tahiane Stochero/G1)
“Avisaram o Calixto que o carro dele tinha sido destruído e ele foi lá ver. Ele chorou e acho que tava tudo perdido. Uns moradores falaram para ele tirar foto e reclamar", acrescentou ela.
A reportagem do G1 foi até a casa onde, segundo os vizinhos, Calixto vive com a mãe e uma irmã, na Rua Noronha Filho, dentro da comunidade. A casa estava vazia. Segundo vizinhos, ele havia saído para trabalhar.
“O carro é usado pelo Calixto para trabalhar todo o dia. Ele cuidava daquele carro com todo cuidado, polia e lavava no fim de semana. Era o xodó dele. Agora, ficou sem eira nem beira”, diz outro vizinho, Isaías.
A reportagem do G1 foi até a casa onde, segundo os vizinhos, Calixto vive com a mãe e uma irmã, na Rua Noronha Filho, dentro da comunidade. A casa estava vazia. Segundo vizinhos, ele havia saído para trabalhar.
“O carro é usado pelo Calixto para trabalhar todo o dia. Ele cuidava daquele carro com todo cuidado, polia e lavava no fim de semana. Era o xodó dele. Agora, ficou sem eira nem beira”, diz outro vizinho, Isaías.
Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública, os moradores da comunidade que quiserem apresentar alguma queixa relacionada à atuação das forças de pacificação devem procurar a Ouvidoria da Polícia.
Segundo a secretaria, a Ouvidoria da Polícia está fazendo um plantão especial nos próximos dias para receber reclamações, sugestões e elogios da população em relação à Operação Choque de Paz. O telefone da Ouvidoria – 3399-1199 – terá atendimento de 9h às 17h; nos demais horários, o cidadão poderá deixar recado na secretária eletrônica. A Ouvidoria também possui um email para receber manifestações dos cidadãos: ouvidoriadapolicia@proderj.rj.gov.br.
Ainda segundo a assessoria, em tempo, as denúncias serão checadas e caso comprovado dano por parte do Estado, a Secretaria de Segurança irá assumir essa responsabilidade.
A assessoria da Marinha informou que até o momento não tem qualquer informação sobre destruição de veículos nas comunidades por blindados da instituição.
Ocupação da Rocinha
A ação de ocupação das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na Zona Sul do Rio de Janeiro, recebeu o nome de Operação Choque de Paz e reuniu 3 mil homens das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além de 194 fuzileiros navais, 18 veículos blindados, 4 helicópteros da PM e 3 da Polícia Civil. O efetivo da Marinha foi o maior já utilizado em ações nas comunidades.
A ação de ocupação das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na Zona Sul do Rio de Janeiro, recebeu o nome de Operação Choque de Paz e reuniu 3 mil homens das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além de 194 fuzileiros navais, 18 veículos blindados, 4 helicópteros da PM e 3 da Polícia Civil. O efetivo da Marinha foi o maior já utilizado em ações nas comunidades.
Fonte: G1
0 comentários: