Guerra Civil na Bahia: Tropas do Exército desembarcam em Ilheus após assassinato de agricultor



Cerca de 700 homens da 6ª Região Militar do Exército Brasileiro, órgão que abrange os estados da Bahia e Sergipe, desembarcaram hoje em Ilhéus, no sul da Bahia. Segundo o comandante da 6ª Região Militar, General Racine Bezerra Lima Filho, a tropa poderá ser empregadas nos conflitos que vêm ocorrendo na região entre milicianos indígenas e a Força Nacional de Segurança caso haja uma determinação da presidente Dilma Rousseff. 

O general explica que o emprego do Exército Brasileiro na região de conflito requer uma solicitação formal do governador da Bahia, Jaques Wagner, do PT. “A partir daí, se a presidente sinalizar positivamente, o Ministério da Defesa é acionado, com um decreto presidencial autorizando a atuação e estabelecendo os limites físicos e temporais da operação”. 

O governador informou ontem que deve enviar uma solicitação formal à Presidente Dilma, a chamada Garantia da Lei e Ordem (GLO). Prevista na Constituição Federal, a GLO é utilizada quando situações que fogem do controle colocam em risco a segurança da população. Durante sua vigência, tropas das Forças Armadas assumem a segurança local e passam a ter poder de polícia. 

Na manhã desta quinta-feira, dia 13, o General participou de uma reunião com representantes das polícias civil e militar, polícia federal, polícia rodoviária federal e forças nacional de segurança. Durante o encontro, que aconteceu na sede da 18ª Circunscrição do Serviço Militar (18ª CSM), Racine tomou conhecimento do atual estágio dos conflitos de terra. 

Cerca de 90 veículos do Exército Brasileiro estão concentrados no Estádio Mário Pessoa, em Ilheus, e devem seguir para a zona de conflito ainda hoje. Segundo o comando da 6ª Região Militar, o tempo de permanência das tropas dependerá das atividades desenvolvidas na cidade e de um eventual emprego dos militares nos episódios de hostilidade que seguem acontecendo entre índios e agricultores. 

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