Atacante fala sobre tratamento hostil dos torcedores: "Assim como tive direito de fazer minha escolha, a torcida tem seu direito. Eu já imaginava que seria assim".
A goleada de 5 a 1 não basta para resumir a pancada que Diego Costa levou nesta sexta-feira. A derrota para a Holanda coincidiu com uma onda de vaias e xingamentos ao atacante - decorrência da decisão de defender a Espanha, mesmo com interesse do Brasil nele. O atleta foi perseguido na Arena Fonte Nova. As arquibancadas foram impiedosas com ele. A cada toque na bola, vaias; a cada erro, uma onda de xingamentos, de ofensas - ataques que Diego Costa tentou contornar.
Os jogadores da Espanha saíram com expressão muito fechada do vestiário. Estavam abaladas. Diego Costa, ao falar com a imprensa, sorria. Parecia querer disfarçar o incômodo da situação.
Diego Costa faz sinal após sofrer pênalti contra a Holanda (Foto: AFP)
- Como eu tive o direito de escolha, eles também têm o direito de fazer o que querem. É uma opção deles vaiar ou não. Eu já estava ciente de que isso poderia acontecer. Estou tranquilo. É um orgulho para mim jogar pela Espanha, e em nenhum momento duvidei de minha escolha - afirmou.
Diego Costa, porém, quase escorregou em seu discurso diplomático. Ao ser questionado se as vaias doíam, afirmou:
- É uma coisa que só eu sei. Não é por vaias ou críticas que vou falar tudo que tenho para falar.
O atacante começou o jogo como candidato a herói da Espanha. O duelo era truncado, e em um lance duvidoso na área, ele cavou pênalti - que Xabi Alonso converteu para abrir o placar. Mas no final do primeiro tempo, Van Persie empatou e mudou a partida.
- Foi uma partida dura. O gol de empate foi o lance chave do jogo. É um dia duro para nós. Espero que continuem nos apoiando - completou Diego.
Na próxima rodada, a Espanha enfrenta o Chile, no Rio de Janeiro. A Holanda pega a Austrália em Porto Alegre. Ambos os jogos acontecerão no dia 18.
Diego Costa procurou o pênalti que resultou no primeiro gol da Espanha (Foto: EFE)
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