Cerca de 1 milhão de objetos estão acumulados no local, diz funcionário.
Vazamento de água atingiu barramento elétrico do prédio, em Salvador.
A falta de energia no edifício sede dos Correios da Bahia, localizado no bairro da Pituba, emSalvador, completa 11 dias nesta segunda-feira (7). Segundo Cláudio Garcia, diretor geral dos Correios, o problema foi causado pela oxidação de um encanamento de água do imóvel.
"Por causa disto, vazou água para o barramento elétrico do prédio, que alimenta todas as estações de energia do local", explica.
O problema de energia no Correio Central começou na manhã de 27 de junho, quando um defeito técnico em um setor elétrico do prédio interrompeu os serviços e deixou mais de 2 mil funcionários e terceirizados dos Correios parados.
A eletricidade foi restaurada na madrugada de 28 de junho, mas dois dias depois uma nova queda na energia foi registrada no edifício, ainda sem solução.
De acordo com Saul Gomes da Cruz, diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) e funcionário dos Correios, já são cerca de um milhão de objetos acumulados no local, por causa do prolema de eletricidade na sede dos Correios da Bahia.
"Não estamos conseguindo tratar a carga. O que está saindo é o mínimo, e isto graças à boa vontade dos carteiros, que estão separando o que conseguem de forma manual", diz Saul. "O que está acontecendo é um verdadeiro apagão na correspondência da Bahia", acrescenta.
Cláudio Garcia contesta a informação, e afirma que os Correios, mesmo com a falta de energia, está dando conta de 80% dos cerca de 1,2 milhões de objetos que chegam no prédio diariamente. "Com funcionamento normal, a taxa de processamento é de 95%, ou seja, os objetos são tratados, enviados para as unidades de distribuição e entregues no mesmo dia em que chegam", destaca.
Apesar do que diz o diretor geral dos Correios, muitos clientes têm reclamado do atraso de encomendas em Salvador. O gerente comercial Danilo Pimentel, que trabalha em uma empresa que representa uma fábrica de equipamento hospitalar, conta que perdeu o prazo de uma licitação, por causa de uma atraso nos Correios.
"Íamos participar de uma licitação de R$ 35 mil da prefeitura de São Felipe [localizada a 154 quilômetros da capital baiana] em 3 de julho, e os documentos necessários enviados pela fábrica, que fica em Ribeirão Preto, São Paulo, só chegaram em 4 de julho. A encomenda foi despechada pelo Sedex em 26 de junho e tinha prazo de entrega de 48h", conta.
"Rastrameos o objeto pelo site dos Correios e só constava a informação de que tinha sido despachado de Ribeirão Preto, mas não falava nada se já tinha chegado em Salvador", completa Danilo.
Já o publicitário Luciano Midlej conta que ainda aguarda uma encomenda despachada do Rio de Janeiro, pelo Sedex, em 27 de junho. "Liguei nesta segunda para reclamar mais uma vez e eles disseram que iam abrir um chamado", afirma o publicitário.
Luciano revela que estuda a possibilidade de acionar a Justiça contra os Correios. "A encomenda que aguardo são gravuras. Paguei mais caro pelo Sedex, porque são peças caras e frágeis, já que são de papel. Então, quanto mais tempo elas ficarem nos Correios, mas risco correm de estragar", explica.
O diretor geral dos Correios informou que está contratando empresas para fazer um novo barramento para o edifício. "Estamos trabalhando para que tudo esteja pronto nesta quinta-feira (10)", afirma. "É uma manutenção que exige muita segurança no trabalho, mas esperamos que não ocorra nenhum problema", acrescenta.
Cláudio Garcia ainda revela que dois geradores foram providenciados para auxílio imediato no local. "Um gerador já está funcionando desde o último fim de semana e outro está sendo instalado na tarde desta segunda. Eles alimentarão toda a área operacional, que envolve quatro dos 17 pisos do edifício, além da agência de atendimento, que trabalha diretamente com o cliente", conclui.
Fonte: G1 Bahia
A falta de energia no edifício sede dos Correios da Bahia, localizado no bairro da Pituba, emSalvador, completa 11 dias nesta segunda-feira (7). Segundo Cláudio Garcia, diretor geral dos Correios, o problema foi causado pela oxidação de um encanamento de água do imóvel.
"Por causa disto, vazou água para o barramento elétrico do prédio, que alimenta todas as estações de energia do local", explica.
O problema de energia no Correio Central começou na manhã de 27 de junho, quando um defeito técnico em um setor elétrico do prédio interrompeu os serviços e deixou mais de 2 mil funcionários e terceirizados dos Correios parados.
A eletricidade foi restaurada na madrugada de 28 de junho, mas dois dias depois uma nova queda na energia foi registrada no edifício, ainda sem solução.
De acordo com Saul Gomes da Cruz, diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) e funcionário dos Correios, já são cerca de um milhão de objetos acumulados no local, por causa do prolema de eletricidade na sede dos Correios da Bahia.
"Não estamos conseguindo tratar a carga. O que está saindo é o mínimo, e isto graças à boa vontade dos carteiros, que estão separando o que conseguem de forma manual", diz Saul. "O que está acontecendo é um verdadeiro apagão na correspondência da Bahia", acrescenta.
Cláudio Garcia contesta a informação, e afirma que os Correios, mesmo com a falta de energia, está dando conta de 80% dos cerca de 1,2 milhões de objetos que chegam no prédio diariamente. "Com funcionamento normal, a taxa de processamento é de 95%, ou seja, os objetos são tratados, enviados para as unidades de distribuição e entregues no mesmo dia em que chegam", destaca.
Apesar do que diz o diretor geral dos Correios, muitos clientes têm reclamado do atraso de encomendas em Salvador. O gerente comercial Danilo Pimentel, que trabalha em uma empresa que representa uma fábrica de equipamento hospitalar, conta que perdeu o prazo de uma licitação, por causa de uma atraso nos Correios.
"Íamos participar de uma licitação de R$ 35 mil da prefeitura de São Felipe [localizada a 154 quilômetros da capital baiana] em 3 de julho, e os documentos necessários enviados pela fábrica, que fica em Ribeirão Preto, São Paulo, só chegaram em 4 de julho. A encomenda foi despechada pelo Sedex em 26 de junho e tinha prazo de entrega de 48h", conta.
"Rastrameos o objeto pelo site dos Correios e só constava a informação de que tinha sido despachado de Ribeirão Preto, mas não falava nada se já tinha chegado em Salvador", completa Danilo.
Já o publicitário Luciano Midlej conta que ainda aguarda uma encomenda despachada do Rio de Janeiro, pelo Sedex, em 27 de junho. "Liguei nesta segunda para reclamar mais uma vez e eles disseram que iam abrir um chamado", afirma o publicitário.
Luciano revela que estuda a possibilidade de acionar a Justiça contra os Correios. "A encomenda que aguardo são gravuras. Paguei mais caro pelo Sedex, porque são peças caras e frágeis, já que são de papel. Então, quanto mais tempo elas ficarem nos Correios, mas risco correm de estragar", explica.
O diretor geral dos Correios informou que está contratando empresas para fazer um novo barramento para o edifício. "Estamos trabalhando para que tudo esteja pronto nesta quinta-feira (10)", afirma. "É uma manutenção que exige muita segurança no trabalho, mas esperamos que não ocorra nenhum problema", acrescenta.
Cláudio Garcia ainda revela que dois geradores foram providenciados para auxílio imediato no local. "Um gerador já está funcionando desde o último fim de semana e outro está sendo instalado na tarde desta segunda. Eles alimentarão toda a área operacional, que envolve quatro dos 17 pisos do edifício, além da agência de atendimento, que trabalha diretamente com o cliente", conclui.
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