O ditado "há males que vêm para o bem" resume um momento crucial na vida da jornalista Raquel Pimentel, que mora em Salvador. Ela foi demitida de um emprego e, com o dinheiro da rescisão, resolveu investir na venda de feijoada junto com a mãe, Rita Pimentel. Agora, como microempreendedora individual, Raquel é encarregada da parte administrativa, enquanto a mãe cozinha e capricha nos temperos.
Rita colocando um lenço na cabeça da filha , Raquel, durante um evento em Salvador (Foto: Diogo Nunes/ Festival Minavu/ Divulgação) |
A jornalista viu no novo negócio uma chance de recomeçar uma atividade profissional e a solução para a necessidade de ganhar dinheiro. Ela se enquadra em um contexto novo, ocasionado pelo período de crise, e denominado pelo Sebrae como "empreendedor por necessidade". Conforme explica Franklin Santos, diretor de atendimento do Sebrae na Bahia, esse é um novo perfil de empreendedor, que abre um negócio por não possuir outras opções de trabalho e não por ter necessariamente planejado esta guinada na carreira.
Já o empreendedor por oportunidade, segundo explica Franklin Santos, é aquele que opta por iniciar um novo negócio, mesmo quando possui alternativas de emprego. De acordo com Santos, os empreendedores por oportunidade investem em um negócio para aumentar a própria renda ou pelo desejo de independência no trabalho.
"Quando você está nos terrenos mais seguros, não precisa da renda imediatamente, você tem tempo para amadurecer as ideias e executar o planejamento. Já as empresas que nascem por necessidade, às vezes se sentem na obrigação de ter um retorno imediato. A ausência de tempo e maturar a ideia são situações que podem levar ao fracasso", alerta o diretor.
Fonte: G1 Bahia
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