A mãe do garoto Keven Gomes Sobral, de 2 anos, que estava desaparecido desde a última quinta-feira (24) e que foi encontrado morto neste domingo (27) dentro de um sofá da casa de seus tios, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, confessou na tarde desta segunda-feira (28) que matou o próprio filho.
A informação foi confirmada pela assessoria do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), no bairro São Cristóvão, na região Noroeste da capital mineira, onde a mãe da criança, Marília Cristiane Gomes, de 19 anos, era ouvida. Durante depoimento, ela teria dito que atirou a criança na parede porque ficou nervosa ao ver o filho mexer no celular dela sem permissão. A criança sofreu traumatismo craniano.
Após a confissão do crime, a jovem foi presa em flagrante por ocultação de cadáver. Os detalhes sobre o caso só serão repassados pela Polícia Civil nesta terça-feira (29), quando o delegado Davi Batista atenderá à imprensa a partir das 15h.
Foi a própria mãe de Keven quem chamou os militares neste domingo. Ela contou que estava em casa dormindo depois de ser atendida no Hospital Municipal de Ibirité, por estar se sentindo mal, quando foi acordada por Aílton Silva Sobral, de 23 anos, e Lucimeire de Souza Antunes, de 21, por volta das 22h. Eles haviam acabado de chegar de viagem e perguntaram se Marília tinha a chave do imóvel que pertence ao casal.
Na última sexta-feira (25), a porta havia sido arrombada pelos bombeiros, com autorização do dono do terreno, José Sebastião dos Santos, de 56 anos, para que os militares fizessem buscas por Keven no interior da casa. Foi ele quem trocou a fechadura do imóvel após o arrombamento. Como Marília disse que não tinha a chave, Sobral arrombou a porta mais uma vez. Foi a mulher dele, Lucimeire, quem percebeu que havia um cheiro estranho na casa.
Ao arrastar o sofá, ela percebeu que o móvel estava rasgado. Dentro dele estava o corpo de Keven, próximo a uma poça de sangue. A perícia esteve no local e informou que, pelo avançado estado de decomposição, não foi possível checar se a criança tinha marcas de violência. O corpo do garoto foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Betim, na região metropolitana, onde serão feitos exames que devem determinar a causa da morte.
Vizinhos da família disseram à reportagem de O TEMPO que o garoto já tinha se afogado uma vez, na companhia da mãe, aos 4 meses de vida. O Conselho Tutelar de Ibirité informou que está acompanhando o caso, mas que não está autorizado a dar detalhes do ocorrido.
O caso
A mãe de Keven, Marília Gomes, acionou a Polícia Militar (PM) na quinta-feira (24), para registrar o desaparecimento do filho. Segundo ela, o garoto desapareceu enquanto ela lavava roupas do lado de fora da casa da família. Ela contou aos militares que deixou o menino brincando em um dos quartos do imóvel e, depois de algum tempo, estranhou o silêncio.
Quando foi conferir, descobriu que o filho não estava mais lá e que a porta da sala estava aberta. A PM e os bombeiros fizeram buscas para tentar localizar a criança, sem sucesso. Finte: Jornal O Tempo
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